quarta-feira, 21 de julho de 2010

Shrek Para Sempre

         
          Shrek é, sem dúvida, a personagem mais rentável da DreamWorks e uma das animações mais queridas do cinema. Nada mais natural, portanto, que a franquia ganhasse outro longa metragem. Mas até quando é válido realizar sequências de histórias tão queridas pelo público? Chega um ponto em que tal Universo está demasiadamente desgastado e outra história colabora apenas para estragar a imagem que temos da franquia. "Shrek Para Sempre" invade os cinemas com a difícil missão de contornar esse fator e provar que o ogro ainda tem, ao menos, uma aventura digna de ser contada. Mas, será que o filme, de fato, alcança esse objtivo?
          Na trama, Shrek sente saudades de quando era um ogro temido e assustador. A vida de pai de família já não lhe empolga tanto e tudo que ele mais deseja é reviver, mesmo que apenas por um dia, o seu passado. Porém, quando Rumplestiltskin cruza seu caminho, o ogro descobre que seu desejo pode, de fato, tornar-se realidade!


          Shrek, entretanto, acaba sendo enganado e, ao assinar o acordo mágico com o duende, vê-se em uma versão totalmente deturpada de Tão Tão Distante. Burro e Fiona não lembram dele, ogros são caçados e Rumplestiltskin é rei. Shrek, portanto, tem um dia para reconquistar sua amada, pois o mais do que batido beijo do amor verdadeiro é a chave para quebrar o encantamento. Caso contrário, irá desaparecer, já que para reviver o passado teve que abrir mão de um dia de sua vida. O duende, espertamente, escolhe o dia em que o ogro nasceu. É o que ele chama de "paradoxo metafísico", na que talvez seja a melhor piada do filme.
          O que fica claro, entretanto, em "Shrek Para Sempre", é uma tentativa desesperada de resgatar o longa original. Mas, infelizmente, a genialidade do primeiro filme não se mostra presente neste outro. Tudo acontece muito rápido, consequentemente a história, que tinha potencial, acaba mal trabalhada e o filme resume-se a míseros noventa e três minutos. Personagens secundários, tanto os novos como os velhos, terminam mal aproveitados: Biscoito e Pinóquio são praticamente esquecidos e o flautista, que tinha potencial para ser um ótimo vilão, sai de cena muito cedo. 
          O riso, sempre presente nos dois primeiros, aparece de forma tímida nessa continuação, sendo que até mesmo as canções do Burro perderam a graça! São poucas as piadas inteligentes e acabaram-se as divertidas referências a outros filmes. Ao menos o longa consegue superar seu esquecível antecessor, mas infelizmente, desde que o mesmo estreou, a animação tornou-se um filme para crianças.    
          Portanto, Shrek... para sempre?? Não, obrigado.


Gostou da crítica? Não concorda com algo que foi dito? Quer acrescentar algo? Deixe um comentário! Sua opinião é fundamental para o desenvolvimento desse Blog! Abraços!         

4 comentários:

  1. Falou tudo! No final do filme bate uma nostalgia dos risos e das piadas boas... Nunca param na hora certa, e nunca sabem como continuar! Parabéns pela crítica, Pedrinho! =D

    ResponderExcluir
  2. Concordo com vc. Caráter de paródia foi pelo ralo. Pena. Mas é assim, as franquias como Shrek são eternas enquanto dure... a graça :)
    Ótima crítica.

    ResponderExcluir
  3. Tá certíssimo. Muitos personagens não foram bem aproveitados mesmo, é de se contar nos dedos os minutos em que o Biscoito apareceu no telão. A crítica está excelente.

    ResponderExcluir
  4. Minha opinião sobre o filme não está muito clara ,apesar de eu ter detestado o filme fui influenciado pelo o terceiro filme ou seja já entrei no cinema achando que o filme seria ruim

    ResponderExcluir

Comentar: